Antônio Augusto de Lima

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Antônio Augusto de Lima

Governador

Antônio Augusto de Lima
Mandatos
18/03/1891 até 16/06/1891

Antônio Augusto de Lima (18/03/1891 a 16/06/1891)
Natural de Nova Lima, nasceu em 5 de abril de 1859 e faleceu em 22 de abril de 1934
Filho de José Severiano de Lima e Maria Rita de Lima
Formação:  Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo - 1882

Atividades

  • Jornalista
  • Poeta
  • Magistrado
  • Jurista
  • Professor
  • Presidente de Estado - março a julho de 1891
  • Deputado federal - 1909 a 1929

Trajetória

Antônio Augusto de Lima fez o curso primário no Seminário de Mariana, no Colégio do Caraça e no Liceu Mineiro de Ouro Preto. Mudou-se para São Paulo para estudar Direito, curso que concluiu em 1882. Nesse período, escrevia artigos de propaganda republicana em vários jornais paulistanos. Entre 1878 e 1882, Augusto de Lima, Raimundo Correia e Afonso Celso iniciam o "filosofismo poético", publicando versos no jornal "A Comédia", além de formar um grupo que fundou a Revista de Ciência e Letras.

Assim que se bacharelou, retornou a Minas para advogar em Sabará. No ano seguinte, assume a promotoria pública. Logo após é nomeado juiz de Leopoldina e, em seqüência, vai magistrar em Conceição da Serra, no Espírito Santo, até maio de 1890. Deixou as terras capixabas por causa de um convite do então governador de Minas, Crispim Jacques Bias Fortes, para chefiar a polícia do Estado em Ouro Preto. Ocupou esse cargo até 1891, quando assumiu o governo do Estado. Foi convidado pelo ministro da Justiça, Barão de Lucena, a substituir Bias Fortes, em razão de ser da corrente favorável à mudança da capital de Ouro Preto para a região do Curral Del Rei. Assumindo o governo, seu compromisso era efetivar essa transferência. Foi ele também quem iniciou as reformas do Judiciário, dos sistemas tributário e eleitoral, dos serviços de terras públicas e mineração, e das secretarias de Estado. Regulamentou o ensino primário, reorganizou a Escola de Farmácia de Ouro Preto e nomeou a comissão responsável para estudo de viabilização para a instalação da futura capital.

Assim que deixou o governo, volta a magistrar em Ouro Preto, onde é um dos fundadores e professores da Faculdade Livre de Direito. Muda-se em 1901 para Belo Horizonte, assumindo a direção do Arquivo Público Mineiro. Nessa instituição, foi redator de revista, na qual realizou pesquisas que contribuíram para o esclarecimento dos limites de Minas Gerais. Em 1909, dirigiu o Diário de Minas, órgão do Partido Republicano Mineiro. Em 1903, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 12. Presidiu a Academia em 1928. Durante 20 anos (1909 - 1929), foi deputado federal, sendo responsável pela redação do projeto de declaração de guerra do Brasil à Alemanha na 1ª Guerra Mundial. Durante a Revolução de 1930, dirige o jornal "A Noite", editado no Rio de Janeiro. Em 1934, foi eleito deputado à Constituinte Federal, mas faleceu poucos dias depois da eleição.